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Capítulo 2

A Idade Das Trevas

Vampiro: A Idade das Trevas leva você para as noites de um tempo distante, quando os vampiros eram os verdadeiros monstros dos castelos e cemitérios e os camponeses tremiam em seus casebres, remexendo seus rosários em orações frenéticas. Penetre numa era onde os condenados cavalgam pela escuridão como cavaleiros negros, disputando jogos maquiavélicos com os nobres da Europa e viajando até as misteriosas terras do Oriente para perseguir uma guerra ancestral.

Esse é o mundo das trevas medieval, onde os lados sombrios da realidade e da fantasia se encontram. As coisas são um pouco mais sinistras, e o vento sopra um pouco mais frio nas noites de inverno sem lua. Mas é um tempo empolgante para se viver, e é um tempo ainda mais empolgante para se esta entre os mortos-vivos.

Na superfície, há pouca diferença com relação à idade média real; os castelos servem como lares e fortalezas para os nobres, enquanto a maioria dos camponeses consideram-se afortunados por viverem com suas famílias em toscas construções de um só cômodo. Guerras são travadas em nome de Deus e do homem, e ir contra o seu senhor é tanto uma blasfêmia quanto uma traição. Mas nas horas mais escuras da noite, espíritos mortos-vivos com forma humana caminham nas sombras...

Esse capítulo descreve o cenário de Vampiro: A Idade das Trevas: a cultura e a sociedade tanto das massas mortais quanto dos lordes vampiros mortos-vivos que se alimentam delas.

O Mundo das Trevas Medieval

"Medieval Sombrio" é o termo que usamos para descrever o mundo de Vampiro: A Idade das Trevas Esse é um mundo no qual vampiros e lobisomens espreitam na noite, e os poderes da magia e da fé trazem um lampejo do sobrenatural para a vida de todos, dos nobres até os camponeses arando os campos. Os sacerdotes abençoam os campos, e as curandeiras das aldeias são consultadas sobre cada preocupação, do casamento e fertilidade até a cura para verrugas. Muitas pessoas ainda prestam homenagens ao "Povo das Fadas", ou a outros deuses pagãos.

Mas essa não é uma terra de fantasia no estilo de J.R.R. Tolkien - elfos, anões e semelhantes são apenas histórias para crianças, e os poucos que juram ter visto tais criaturas nas profundezas das florestas são chamados de loucos. A peste ameaça cidades inteiras com o espectro da morte, e embora a Igreja detenha um enorme poder na terra, apenas os santos mais devotos são capazes de realizar milagres.

A chamada idade das trevas no nosso mundo foi o período entre a queda do Império Romano e o começo do Renascimento. A glória de Roma desabou, e as estradas e a burocracia que o império tinha trazido para o continente foram rapidamente destruídas. O comércio decaiu, e a maioria das pessoas estavam ocupadas demais com a simples sobrevivência para perderem tempo aprendendo a ler ou escrever. O conhecimentos de ciência e tecnologia comuns durante a ocupação Romana foram esquecidos, e uma nuvem de superstição caiu sobre o mundo ocidental.

A vida era difícil para o homem comum nessa época. Exércitos de saqueadores atacavam as cidades e pilhavam as vilas. Cidades estavam em ruínas. A maior parte da arte produzida nesse período era portátil e geralmente de uso prático, como joalheria e poesia. Até mesmo alguns governantes eram iletrados, e apenas em dispersos monastérios cristãos, a leitura, a escrita e o aprendizado continuavam. A maioria das pessoas eram fazendeiros, tama is abençoados com o luxo da arte de aprender, vivendo vidas duras e curtas, correndo mais riscos com doenças e a fome do que com invasões.

Mas as "trevas" da Idade das Trevas significavam algo mais, e não estão restritas a uma única década ou século. A sombra que caiu sobre grande parte da Europa são as trevas morais, uma rejeição ao espiritual. O respeito ao semelhante foi eclipsado pela luta diária pela sobrevivência. Muitos homens comuns obedecem as leis de Deus e dos homens mais por medo das consequências do que por qualquer tipo de crença real sobre o que é "bom" ou "certo".

Os vampiros que controlam muito poder governam sem serem desafiados, e raramente enfrentam as consequências de suas ações. Mas o mundo mortal não viverá no medo para sempre, e virá o dia em que os vivos se erguerão para enfrentar os predadores entre eles.

No fim, você é quem decide como será o Mundo das Trevas Medieval em sua Crônica. Pode não ser tão sombrio como o descrevemos, ou pode ser um Inferno na Terra. Pode ser histórico ou fantástico, um mundo de violência ou intriga, e provavelmente será um pouco de cada uma dessas coisas cm um momento ou outro. Use as ferramentas desse Livro com a sua própria imaginação para criar um mundo que é só seu.

Monstros na Noite

Considerados como os descendentes de Caim, o primeiro assassino, os vampiros são amaldiçoados eternamente a se esconderem da luz do sol e se alimentarem do sangue dos vivos. Porém, a maldição de Deus foi mitigada pelo o amor de Lilith, e através de suas bênçãos, os vampiros possuem muitas habilidades e poderes além do alcance de qualquer homem mortal.

Os mortais sabem que os vampiros existem, assim como sabem que as bruxas, fadas, duendes, ogros e licantropos também existem. Embora nem rodas as pessoas os tenham visto, elas preferem não se arriscar a um destino perverso. Mas os monstros que as pessoas temem por vezes usam disfarces que eles não esperavam: monges, lordes, eremitas, mendigos, peregrinos e incontáveis outros eram na verdade predadores mortos-vivos disfarçados. Para a mente medieval, qualquer um poderia ser um agente do Diabo, e é melhor não se arriscar.

Alimentação

Os vampiros precisam de sangue para sobreviver, pois são incapazes de produzi-lo sozinhos. Muitos cainitas cêm grupos de mortais dos quais se alimentam regularmente, por vezes chamados de rebanhos. Alguns se alimentam dos animais nos campos e florestas, mas muitos vampiros acham que o sangue dessas bestas inferiores é salgado e amargo, diferente do néctar doce que flui das veias da humanidade.

A alimentação nem sempre causa a morte da fonte . As feridas causadas pelas presas de um vampiro podem ser completamente seladas lambendo-se o ferimento. Muitos vampiros possuem a habilidade de fazer suas vítimas se esquecerem do que aconteceu, ou talvez lembrarem-se apenas de um beijo apaixonado no beco ao lado da taverna. Outros, no entanto, se alimentam apenas dos adormecidos e feridos, evitando assim o risco de serem descobertos.

Guerras Particulares

Como os senhores e famílias nobres que governam o mundo mortal, a sociedade vampírica é dividida em inúmeros clãs, baseados na linhagem. Cada clã possui cerras características e traços específicos, que influenciam que tipos de pessoas serão escolhidas para se juncarem às suas fileiras. Assim como acontece com os mortais, entre os vampiros a traição e as tramas são lendárias. Mas assim também é a lealdade, pois em muitos casos os laços de sangue são mais poderosos entre os mortos-vivos do que entre qualquer linhagem mortal.

Treze clãs estão presentes na Europa durante esse período, apesar de algumas linhagens menores dispersas serem encontradas de tempos em tempos. Mais informações sobre os clãs, sua dinâmica interna e suas relações externas podem ser encontradas no Capítulo Três: Os Clãs.

Superpopulação

Os vampiros existem há milênios, alimentando-se dos mortais como parasitas. Os vampiros mais antigos dizem que na Primeira Cidade de Caim, suas crias governavam a população mortal como reis e deuses. Mas então veio o Dilúvio, e Caim viu a tolice que cometera. Ele proibiu aqueles que restaram de criar outros de sua raça, e partiu numa jornada da qual jamais retornou. Mas aqueles da Segunda e Terceira Gerações não possuíam a sabedoria de seu grande pai, e cada um tratou de criar uma prole própria, numa paródia das famílias que os filhos e filhas de Seth traziam ao mundo. Foi quando surgiram os clãs, que floresceram até a Idade das Trevas, quando nossa história começa.

Ao contrário dos mortais, que devem lutar dia após dia para garantir que terão comida para se alimentarem, os vampiros estão cercados por presas indefesas. Sem medo das doenças e da fome que assola tantos mortais, os Cainitas florescem. Comida abundante e poucos predadores produziram uma super-população de vampiros como o mundo jamais viu. Como resultado, a competição por território é feroz. Muitos vampiros tolos acreditam que não devem temer os mortais, e demonstram abertamente seus poderes sobrenaturais. Outros alertam que esse excesso de confiança pode levar à queda dos filhos de Caim, e exigem cautela. Só o tempo dirá que facção irá sobreviver.

A Tempestade se Aproxima

Nos séculos que se seguem à Idade das Trevas, os vampiros irão aprender a importância de se esconderem dos olhos dos mortais. As inquisições da Igreja e do Estado dizimarão a população Cainita, e somente aqueles que conseguirem se misturar à sociedade mortal irãO sobreviver.

Mas esses dias parecem distantes na Idade das Trevas. Na mente da maioria dos mortais, os vampiros são criaturas do Diabo, que devem ser temidos, combatidos pela Igreja ou evitados completamente. Com o poder das Disciplinas vampíricas e a astúcia nascida dos séculos de experiência, alguns vampiros se estabeleceram como senhores de certas áreas, tirando sua cota de sangue de qualquer desafortunado que se aproxime. Outros controlam os governantes mortais da terra, através de potentes Votos de Sangue e do trabalho de seus carniçais meio-mortais.

Queda em Direção à Loucura

Para os personagens criados na atmosfera devota da Idade das Trevas, tornar-se um vampiro é estar amaldiçoado por Deus, estigmatizado pela marca de Caim e eternamente condenado. Ao contrário de seus descendentes dos séculos mais recentes, os vampiros medievais levam as ideias de salvação e danação muito a sério. Muitos acham extremamente difícil prosseguir noite após noite, sabendo que estão condenados.

Para frear a espiral da queda em direção à loucura e ao desespero, muitos vampiros adotam uma filosofia, conhecida como Via ou Cantinho. O Caminho de um vampiro é a trilha que ele segue e que o guia através da existência, os princípios nos quais sua não-vida é baseada.

As variações dos Caminhos são diversas. Alguns procuram apenas sobreviver, vivendo do instinto e das necessidades de suas almas bestiais. Muitos levam os ensinamentos da Igreja em seus corações, e concluem que são realmente criaturas do Inferno. Cainitas mais reflexivos podem considerar que seu estado não-morto é uma tentativa de Satã de imitar a promessa de Deus da Vida Eterna. Já que não podem acreditar que são mantidos pelos poderes sagrados, muitos Cainitas concluem que devem suas não-vidas ao Inferno: afinal, a Igreja ensina que todo poder vem de Deus ou do Diabo. Em alguns casos, isso provoca sentimentos extremos de culpa e auto-comiseração. Outros conscientemente tentam servir ao Inferno, em agradecimento por sua imortalidade, na esperança de conquistar favores futuros, ou simplesmente devido à admiração ou medo.

Golconda

Alguns vampiros falam sobre um estado místico de iluminação no qual as forças do instinto e auto-controle estão em harmonia. O vampiro aprende a aceitar aquilo no que se tornou, e assim conquista o controle sobre a Besta interior. Os que ainda acreditam nessas histórias contam como aqueles que atingiram esse estado se libertaram da maldição de Caim, não sendo mais forçados a se alimentarem do sangue dos vivos.

Mas durante a Idade das Trevas, muitos vampiros acreditam que o perdão só pode vir através da misericórdia de Deus. Aqueles que buscam a Golconda são encarados como tendo abandonado tanto Deus quanto Satanás, acreditando de maneira egoísta que a auto-aceitação é mais importante para a salvação do que a misericórdia de Deus. Como resultado, há menos vampiros do século XII buscando a Golconda do que seus predecessores pré-cristãos.

Distinção Social

Assim como no mundo mortal, existem alguns níveis de status social dentro da sociedade dos vampiros A maioria deles se baseia na idade, apesar de alguns demostrarem a rejeição de um indivíduo à sociedade vampírica.

  • Caitiff: Muito raros no Mundo das Trevas Medieval, os Caitiff são vampiros sem clã. Seja porque foram abandonados por seus senhores ou porque rejeitaram seus próprios clãs. Os Caitiff existem à margem da estrutura politica da sociedade vampírica. Sem a proteção do senhor ou do clã, eles ocupam a posição mais baixa entre os Cainitas.

Gerações

Caim

A tradição conta que Caim, o assassino bíblico de seu irmão Abel, é o Senhor de todos os vampiros. Essa teoria cria muita controvérsia entre a comunidade Cainita, pois não existe ninguém que possa dizer com certeza que conheceu Caim. Certamente, os componentes da segunda geração saberiam, mas eles não podem falar. Alguns da quarta geração que ainda existem dizem ter Conhecido um ser que poderia ser Caim, apesar de poder ser simplesmente um Cainita poderoso da segunda geração.

Essa é uma questão mal resolvida - o mistério do legado.

Segunda Geração

As traduções existentes do Livro de Nod, o livro sagrado da mitologia vampírica, dizem que havia três vampiros de segunda Geração. Caim, em sua grande tristeza os teria criado para que vivessem com ele na grande cidade de Enoque. Pouco se sabe sobre esses seres.

Pode-se dizer, baseado no Livro de Nod, que eles foram destruídos durante o Dilúvio ou na Primeira Guerra que se seguiu ao Dilúvio. Como era de se esperar, os vampiros ancestrais relutam em falar de seus senhores e sobre o grande conflito que os derrotou. Sem dúvida, alguns deles sabem mais do que querem revelar.

Se qualquer representante da segunda geração ainda existisse, ele teria um poder equivalente ao dos lendários semi-deuses da antiguidade.

Terceira Geração

Acredita-se que sete membros da terceira geração ainda estariam ativos, apesar dos nomes de apenas dois deles, Lucien e Mekhet, serem largamente conhecidos. É do conhecimento geral que eles são chamados de Antediluvianos, e que são os fundadores dos 13 clãs de vampiros. Todos eles permanecem ocultos por trás das maquinações da Jyhad, uma guerra que durou desde o começo da história registrada. A guerra prossegue, mas agora, ao invés de lutas abertas no campo de batalha, os Antediluvianos usam o subterfúgio, a astúcia e a trapaça pura e simples. Sua atividade principal é monitorar a atividade dos outros e desfazer qualquer ação tomada por seus oponentes.

Essas ações vão desde coisas tão inócuas quanto a aquisição de obras de arte ou propriedade ate planos envolvendo o destino de nações. Os representantes da terceira geração consideram-se manipuladores e dominadores, divididos entre aqueles que viveriam entre os mortais e os que viveriam sem eles. Não é claro se isso reflete a origem da Jyhad ou se é simplesmente uma degeneração. Há outras suspeitas, baseadas na origem da palavra Jyhad. Alguns membros da terceira geração podem realmente ter alcançado a Golconda e podem estar tentando ajudar outros de sua raça a atingirem esse estado. Eles devem combater os outros Antediluvianos, que não querem que isso aconteça.

Como seus senhores, os netos de Caim são seres poderosos, com poderes e habilidades além da imaginação de seus descendentes. Alguns dizem que eles são os últimos vampiros a possuírem o poder sobre a vida e a morte, e que só podem sofrer a morte final se assim o escolherem ou se forem abatidos por alguém de igual poder. Será que isso é a Jyhad? Uma competição para determinar quem será o último de sua raça?

Quarta e Quinta Gerações

Esses vampiros São conhecidos como Matusaléns, pois são quase tão poderosos e misteriosos quanto os Antediluvianos. Os vampiros de quarta e quinta gerações são geralmente usados como peças poderosas na Jyhad, pois podem possuir poder político entre Ca1nitas. Como resultado, seu número tem diminuído significativamente, à medida que eles caem vítimas de vários planos. Apropriadamente, são poucos os representantes dessas gerações que permanecem ativos, e muitos se distanciaram da sociedade dos vampiros temendo a Jyhad ou o Amarante. Ainda assim, alguns dos príncipes mais poderosos pertencem à quinta geração. E existem aqueles entre os de quarta geração que, sentindo-se ameaçados pelos Antediluvianos, tentam juntar todos os vampiros sob o seu controle. Até agora, essas tentativas têm falhado.

Apesar do sangue Caim começar a se diluir nesse estagio, os vampiros de quarta e quinta geração são extremamente poderosos. Acredita-se que eles tenham atingido seu potencial máximo em duas ou três Disciplinas.

Sexta e Sétima Gerações

Esses estão entre os vampiros mais poderosos encontrados por outros Cainitas. Eles são considerados os anciões da sociedade Vampírica (apesar de alguns vampiros de oitava geração contestarem isso). Os vampiros dessa geração têm confiança de que são capazes de resistir às manipulações de seus ancestrais, e por isso permanecem ativos na sociedade dos Cainitas. Muitos desses vampiros mantêm posições muito influentes. De fato, a maioria dos Príncipes da Europa medieval pertencem a essas gerações.

Oitava e Nona Gerações

Ainda considerados como Anciões por alguns, esses Cainitas mesmo assim se associam primordialmente como membros de gerações mais recentes. Os representantes dessas gerações são geralmente chamados de ancillae, apesar de Certamente isso se basear mais na idade do que na geração. Ocasionalmente, algum vampiro dessa geração ira reclamar o título de príncipe de alguma região remota da Europa, apesar disso ser extremamente raro. É mais comum encontra-los como príncipes vassalos ou nobres subordinados ao governo de um príncipe.

Decima e Decima Primeira Gerações

Geralmente chamados de neófitos, esses são os representantes das gerações mais recentes dos Cainitas. Apesar de ainda serem criaturas poderosas, seu sangue se enfraqueceu por estarem tão distantes de Caim. A mair parte dessa geração foi Abraçada durante o ultimo seculo, e portanto são os que estão em mais contato com o mundo medieval atual.

Decima Segunda e Decima Terceira Geração

Existem pouquíssimos vampiros dessas gerações, e menos ainda além dessas. Os Cainitas dessas gerações são considerados abaixo do nível aceitável, não sendo nem mesmo dignos de nota. Comenta-se que o sangue desses vampiros seria mediocre demais para passar adiante a maldição.

  • Crianças da Noite: OS vampiros que recebem esse título são recém-criados, que ainda não foram libertados por seus senhores. Eles não são considerados realmente como membros da sociedade dos vampiros, e por isso são pouco respeitados. Eles são tratados como crianças até que provem que estão prontos para serem libertados no mundo. No período Medieval sombrio, a maioria das Crianças da Noite permanece com seus senhores por varias décadas, aprendendo a se virar no mundo.

    O termo "Criança da Noite" (ou so "Criança") é usado as vezes como uma forma de classificar um vampiro fraco ou tolo.

  • Neófitos: Esses são os vampiros que ainda não inscreveram seu nome na sociedade dos vampiros. Os Neófitos são a geralmente a "mão-de-obra" do mundo vampírico, em seu esforço para conquistarem um espaço para si dentro da hierarquia. Os Neófitos que Sobrevivem por um século sem a proteção de seus senhores são considerados como ancillae.

  • Ancillae: Estes vampiros ainda são relativamente jovens, mas já provaram seu valor para os anciões. Os ancillae são Cainitas em ascensão, aqueles que seguem as regras (na maioria das vezes) para conquistarem um grande poder. Esse é o estagio entre os neófitos e os anciões, onde o vampiro conquista respeito, poder e responsabilidade crescentes. Em algumas áreas, um vampiro não é considerado um ancillae até que tenha servido a outro por "seis anos, seis dias e seis atos de coragem". A maioria dos ancillae existem por um ou mais séculos desde sua Gênese.

  • Autarcas: Foras-da-lei entre os seus pares, esses vampiros se recusam a reconhecer a autoridade de qualquer Principe. Apesar de não ocuparem nenhum lugar na hierarquia da sociedade vampírica, seu simples poderio garante a eles um respeito semelhante ao dedicado à maioria dos ancillae. Autarcas menos poderosos sofrem de algum desprezo.

  • Anciões: Quando um vampiro atinge uma certa idade, são poucos os seres que podem exercer algum poder real sobre eles. Os anciões são os Cainitas que estão no comando e que procuram dominar todos os outros. Os anciões geralmente têm entre 200 e 1000 anos, mas como todas as coisas entre os mortos-vivos, isso pode variar imensamente.

  • Matusaléns: Por Volta dos 1000 ou 2000 anos de existência imortal, uma profunda e inevitável mudança ocorre com os vampiros. Muito se discute se essa mudança é mistica, física ou de fato espiritual, quando um vampiro atinge essa idade, o tédio e a melancolia toma conta, assim como uma crescente paranoia. Aqueles mais fracos, que assumem riscos ou que desejam inconscientemente o suicídio não sobrevivem a essa barreira - somente os realmente poderosos atingem o estagio de Matusaléns

    Como um modo de auto-preservação, a maioria dos Matusaléns se isolam do mundo e daqueles mais jovens do do que eles. O constante risco de enfrentarem jovens poderosos, que buscam o poder através do sangue dos mais velhos, cresce e incomoda. Eventualmente, alguns ancillae têm sorte e despacham os mais antigos. Portanto, a unica opção é se retirar completamente da sociedade e entrar em torpor. Alguns Matusaléns permanecem envolvidos na luta de poder e na Jyhad dos cainitas, mas o fazem em completo segredo.

Mobilidade Social

Ao contrario da sociedade mortal durante a idade das trevas, há uma certa mobilidade social ao alcance dos vampiros. Em parte, o status é determinado pela idade do vampiro, portanto, aqueles que sobrevivem por mais tempo, inevitavelmente conquistam maior prestigio e poder. O outro fator é a geração, ou o quanto um vampiro esta distante de Caim. Se um vampiro comete o amarante sobre outro vampiro de geração mais baixa drenando a vitima de todo o seu sangue vital, o atacante efetivamente consegue diminuir sua geração.

Com poucas regras fracamente fiscalizadas para controlar sua alimentação, os vampiros em cidades grandes têm muito a ganha (e a perder) como o amarante. Com as mortes por doenças, incêndios, assassinatos e incontáveis outras causas sendo tao comuns em cidades muito populosas. os vampiros podem se alimentar à vontade. No entanto, as crianças da noite que que eles criam podem, com a mesma facilidade, atacar seus anciões sem punições.

Apesar de não menos assustador, o Amarante é talvez uma ameaça menor no campo. Há limites para o quanto um vampiro pode abusar de seus poderes nas terras de campos e mansões. a locomoção é limitada, e portanto, a maioria dos vampiros numa área rural se conhece. Se o senhor local é um vampiro e sofre diablerie, os vampiros do local iniciarão uma caçada de sangue ao seu assassino, mesmo desconhecendo a causa da sua morte. Se o culpado for um cainita local, ele estará certamente exposto à caçada, se não tiver sido atraído por ela ou se não for seu alvo.

Portanto, o cainita que procura diablerizar seus anciões, ou abusa de qualquer dos seus poderes num feudo rural, arrisca-se a ser marcado para a destruição. Talvez a forma mais inteligente de existir e ganha poder no campo é se alimentar cuidadosamente e realizar amarante somente naqueles vampiros que se apresentem com o mesmo objetivo em mente. Os vampiros que agem assim certamente irão sobreviver e talvez compartilhem seu conhecimento, para que se crie uma sociedade cainita mais abrangente e controlada no futuro.

  • Antediluvianos: Esses são os vampiros mais antigos, e estão entre as criaturas mais poderosas do mundo. A partir desses 13 vampiros, formaram-se os clãs e linhagens do presente. Eles são considerados os netos de caim, e são da Terceira Geração. Quando se envolvem realmente nos assuntos dos vampiros, eles raramente deixam as coisas intocadas. A menor palavra de um antediluviano é o bastante para causar uma enorme comoção e conflito entre os vampiros. Sua eterna luta pela supremacia, a Jyhad, afeta todos os vampiros, onde quer que estejam.

O Principe

Desde os tempos imemoriais, o vampiro mais velho num domínio têm servido como o líder, mediando as disputas e liderando os Cainitas da área na eventualidade de uma grande ameaça. O título variou de uma área para outra, geralmente reproduzindo os títulos da nobreza mortal. Imperadores, reis, marqueses, barões, viscondes, grão-duques e Inúmeros outros têm liderado seus companheiros vampiros, mas recentemente, o título de Príncipe se tornou predominante na Europa ocidental. Isso é sem dúvida devido à aparência de eterna juventude que os Cainitas são capazes de manter, assim como ao prestígio arraigado nesse título.

Apesar de tradicionalmente o Príncipe ser o vampiro mais velho de uma cerca área, existem exceções. Por vezes o vampiro mais velho decide abdicar e Indicar sua cria como seu sucessor; o poder do senhor sustenta o poder da cria, e permite que o ancião persiga seus próprios interesses. Ainda assim, um príncipe deve ser capaz de manter seu poder, e poucas crianças são capazes de fazê-lo de modo eficiente. A não ser que seja amparado por um ancião ou grupo de anciões poderosos, ele dificilmente terá forças para se sustentar na posição. Mas é claro, que ancião confia em sua cria tão completamente a ponto de entregar-lhe o poder do reino?

Em algumas áreas, outros títulos apontam os vassalos do príncipe. Em especial, o título de xerife ou senescal se tornou comum na Bretanha, apontando um lugar-tenente do príncipe, encarregado de manter a paz entre os vampiros do feudo. Outras áreas adotaram títulos semelhantes aos da cultura mortal que os cerca, parcialmente porque os neófitos da idade das trevas parecem valorizar os títulos e o status mais do que a terra e as fortalezas. E é muito mais fácil inventar um título honorífico para recompensar um vassalo do que dividir ainda mais um domínio modelado pelos anciões durante séculos.

Fidelidade

Quando um príncipe reconhece outro como sendo seu superior, ele jura "fidelidade". Isso é semelhante a um cavaleiro jurar fidelidade a um barão, ou um barão jurar fidelidade a um rei. O inferior (conhecido como vassalo ou príncipe vassalo) reconhece sua inferioridade, e jura obedecer ao príncipe mais poderoso. Isso não é incomum.

Por vezes, espera-se que um príncipe que jurou fidelidade sirva ao vampiro mais poderoso com dedicação, e pode ser que ele faça um Voto de Sangue a seu novo regente. Mas às vezes, jurar fidelidade não traz nenhuma consequência real - simplesmente fortalece o ego e o prestígio do príncipe mais forte. Na maioria dos casos, algumas pequenas restrições caem sobre o príncipe que jurou fidelidade.

  • O vassalo não deve ajudar os inimigos do príncipe. Ele não deve permitir que cacem ou que estabeleçam refúgios em seu feudo.
  • Uma Caçada de Sangue convocada no feudo do príncipe também terá efeito no feudo do vassalo.
  • O vassalo não deve formar alianças com outros príncipes.

Os Poderes dos Príncipes

A sociedade dos Cainitas ainda não desenvolveu nenhuma concepção comum sobre como um príncipe deve se comportar ou que limites devem ser impostos ao seu poder. Ao contrário, o poder de um príncipe é determinado por considerações de natureza prática.

  • Quanto apoio o príncipe recebe de seus súditos? Agindo com o apoio de seus súditos, até mesmo um príncipe fraco pode sustentar sua vontade diante das dissidências.
  • Quão independentes são seus súditos? Cainitas de espirito livre resistirão a príncipes autoritários.
  • Quão mais poderoso é o príncipe diante de seus súditos? Um príncipe realmente poderoso pode fazer o que quiser, seguro do fato de que é capaz de esmagar qualquer oposição.
  • Quão poderosa é a Igreja na área? E os lobisomens? E quanto aos magos e fadas? Ameaças externas podem unir os Cainitas em como de seu príncipe, mas um príncipe draconiano pode ser traído pelos descontentes.

Alguns príncipes controlam um grande poder - convocado Caçadas de Sangue por qualquer motivo, proibindo outros Cainitas de criarem caniçais ou neófitos, regulamentando rigidamente que aliados seus súditos podem ter, determinando territórios de caça, vigiando de perco os cainitas visitantes, etc. Outros são quase desprovidos de poder: podem convocar conselhos entre seus súditos para declarar uma caçada de Sangue; outros Cainitas podem Abraçar mortais, fazer alianças ou criar carniçais à vontade; os súditos podem caçar ou estabelecer refúgio onde quiserem; e Cainitas forasteiros podem ir e vir sem transtornos.

Carniçais e Crias

A permissão para criar servos carniçais só pode ser obtida do príncipe do feudo. Se houver muitos deles, o Silêncio do Sangue estará ameaçado. A permissão para realizar a Gênese em mortais também não é obtida facilmente, apesar de nos últimos tempos mais e mais vampiros ignorarem essa regra. Os príncipes do Mundo das Trevas Medieval não desejam que seus inimigos, ou inimigos em potencial, comecem a criar hordas de caniçais para trabalharem contra eles; e nem querem um praga de neófitos descontrolados aterrorizando a população mortal e competindo com eles pelos direitos de caça.

Geralmente, os príncipes exigem que seus súditos peçam permissão antes de criar um carniçal ou Abraçar um mortal, e se um carniçal ou neófito cria um problema, o príncipe fatalmente responsabilizará seu criador. É claro que a maioria dos príncipes não pode realmente monitorar todos os seus súditos, e portanto, Cainitas desobedientes podem criar neófitos ou carniçais apesar da proibição do príncipe. Os príncipes, no entanto, estão cientes disso. Se eles não podem ter certeza de que vão descobrir todos os Cainitas desobedientes, eles se asseguram de que os que forem descobertos sejam punidos severamente. Qualquer vampiro que Abraçar um morra! contra a vontade do príncipe corre o risco de ser morto. As Caçadas de Sangue também podem ser convocadas contra aqueles que repetidamente criam carniçais contra a vontade do príncipe.

Domínio

Os vampiros dividem seu território mais ou menos como os mortais o fazem, formando seus próprios domínios e cidades-estado, que geralmente são chamados de feudos. Mas enquanto os mortais valorizam a terra fértil e cultivável para alimentar os mortais valorizam a terra fértil e cultivável para alimentar, onde a presa é mais facilmente encontrada e um rosto desconhecido provavelmente não irá chamar atenção. Mesmo assim, as cidades da era medieval são simples sombras de suas correspondentes modernas, com meras 5.000 almas criando uma cidade de bom tamanho. Isso significa que poucos vampiros podem caçar e se esconder com sucesso na cidade. De fato, muitos são levados a atacar as aldeias e vilas dos arredores. Mas na maioria das cidades, muitos vampiros competem por pouca presa, aumentando o risco de serem descobertos pelos mortais. Pior ainda, muitos vampiros não veem motivo para ocultar seus poderes da humanidade; afinal, o que podem fazer alguns camponeses contra um poderoso lorde vampiro?

No Horizonte

Não é difícil perceber como a super-população e o excesso de confiança desse período levam a inquisições e revoluções, tanto na sociedade vampírica quanto no mundo mortal. Dentro de dois seculos, os Cainitas se dividirão em três facções: a Camarilla, que reúne aqueles que retem algum grau de humanidade; o Sabá, que celebra sua condição de monstros da noite e os Anarquistas, que rejeitam ambos os grupos como opressores e desejam simplesmente fazer o que quiserem sem respeito pela autoridade vampírica ou mortal. Mas por enquanto, os Cainitas vivem num mundo sem restrições, onde o poder pessoal é a única lei.

As Tradições

Desde o tempo da Segunda Geração, um código de leis não escritas modelou a sociedade dos vampiros. Com o tempo, algumas foram esquecidas e outras "descobertas" apesar de, em sua maioria, essas tradições resistirem às provações do tempo. A maioria dos senhores exige que sua cria se comprometa com as Seis Tradições, apesar disso ser mais comum entre os vampiros criados na era Romana e antes dos que foram abraçados na era medieval.

A Primeira Tradição: O Legado

Como as restrições de classe no mundo mortal, o legado de Caim coloca o vampiro num lugar particular na sociedade - o papel do predador. Tentar mudar a hierarquia que Deus (ou Satanás, de acordo com alguns Cainitas) criou é um crime imperdoável, pois ao fazê-lo, presume-se que o indivíduo possua a a sabedoria divina. Tornar-se uma simples fera, vivendo apenas para se alimentar, é um crime tão grande quanto tentar retomar a vida mortal deixada para trás com o Abraço.

A Segunda Tradição: A destruição

Como o Legado, a Tradição da Destruição coloca rodos os vampiros em hierarquia, e nesse caso estrutura a sociedade vampírica. Dando o direito de Destruição apenas aos anciões, essa Tradição assegura que eles permaneçam poderosos. Ela também toma o fratricídio um crime capital entre os vampiros, e portanto desencorajando a rebelião entre os mais jovens.

A Terceira Tradição: A Progênie

Essa Tradição caiu em desuso em muitas áreas, e alguns senhores já não mais a ensinam para sua prole. Deve ser em parte devido a isso que tantas crianças da noite têm sido criadas nos séculos mais recentes, pois nem todos os Cainitas conhecem os motivos por trás dessa Tradição. Alguns argumentam que ela seria apenas um instrumento dos anciões para manterem sua prole fraca e incapaz de levantar suas forças contra seus anciões. Isso certamente é verdade, mas ao limitar o número da prole criada num feudo, o príncipe também pode se assegurar de que todos dentro dele possuam mortais o superfície para se alimentarem.

A Quarta Tradição: A Responsabilidade

Esta Tradição procura assegurar que os Cainitas escolherão sabiamente quando selecionarem mortais para a Gênese. Ela também incentiva os senhores a forçarem sua prole a fazer o Voto de Sangue, garantindo sua lealdade.

A Quinta Tradição: O Domínio

Até mesmo a Tradição do Domínio é questionada durante a Idade das Trevas, à medida que os vampiros percebem que há limites para a população mortal da qual eles se alimentam. Aqueles que possuem os domínios mais populosos devem agora lutar para defendê-los dos neófitos que desejam conquistar seus próprios territórios.

A Sexta Tradição: O Silêncio Do Sangue

O Silêncio do Sangue (ou "a Máscara" como será chamada um dia), é uma conspiração não oficial nascida da necessidade. Nenhum vampiro deve ter a pretensão de querer se opor ao poder da Igreja ou dos exércitos dos grandes nobres. Portanto, é necessário que os vampiros se escondam.

Já que todos os mortais sabem que os vampiros e outros monstros exi.stem, poucos Cainitas se preocupam se alguns vampiros se revelam para os mortais. Indiscrições maiores, no entanto, não são toleradas. Se um vampiro revelar publicamente os seus poderes de uma maneira que mortais assustados comecem a procurar por outros, ou se um vampiro revelar a identidade ou refugio de outros, os príncipes e os demais Cainitas não vão apoiá-lo. Qualquer vampiro que puser sua própria raça em perigo não será tolerado, e alguém que levar os humanos a descobrirem quantos vampiros existem realmente conquista a inimizada de todos os Cainitas.

A Primeira Tradição:
O Legado

Teu sangue é o sangue de Caim, amaldiçoado por Deus e abençoado por Lilith. Buscar a mudança de tua condição ou um retorno à tua vida morra! é um pecado contra teu Pai e tua Mãe, e contra o teu Deus

A Segunda Tradição:
A Destruição

Tu estás proibido de destruir outro de tua raça que seja mais velho do que ti. Aqueles mais próximos de Caim conhecem a Sua vontade, e podem destruir qualquer criança que não se enquadre em sua visão. É proibido aos de sangue mais fraco se erguerem contra seus anciões.

A Terceira Tradição:
A Progênie

Tu só poderás te tornar Senhor para outro com a permissão de teu ancião. Se criares outro sem a permissão de teu ancião, tu e tua prole devem ser abatidos.

A Quarta Tradição:
A Responsabilidade

Aqueles a quem tu criares serão tua própria cria. Até que tua prole seja libertada, tu deves comandá-la em todas as coisas. Tu pagarás pelos pecados deles.

A Quinta Tradição:
O Domínio

Teu domínio é tua própria responsabilidade. Todos os outros devem respeitar a ti dentro dele. Ninguém deve desafiar tua palavra dentro dos teus domínios. Quando chegares ao feudo de outro, tu deves te apresentar a quem governa ali.

A Sexta Tradição:
O Silêncio do Sangue

Tu não deves revelar tua verdadeira natureza aos que não possuem o Sangue. Fazer isso é renunciar aos direitos do Sangue.

E mais ainda, muitos mortais estão convencidos de que essas criaturas, dos Cainitas aos Lupinos e especialmente os feiticeiros infernalistas, são irremediavelmente malignos, recebendo seus poderes do próprio Lúcifer. Portanto, é vital que os Cainitas se escondam dos mortais. Se qualquer vampiro for descoberto, ele não deve esperar nenhuma piedade dos mortais medievais. Se o rebanho compreendesse quão numerosos são os Cainitas, uma onda de caçadas e inquisições se seguiria, e nenhum vampiro sensato desejaria isso.

As Seitas

Várias seitas diferentes surgiram entre os Cainitas dessa era. Cada seita mantém seu poder de maneira diference. Algumas são grupos informais unidos pela conveniência, enquanto outras são sociedades altamente ritualizadas. Juntas, elas formam as principais forças políticas na sociedade dos Cainitas

Inconnu

Os Inconnu são os remanescentes da era Romana dos Cainitas. Eles se comportam como patrícios, e ainda mantêm uma grande influência sobre os vampiros mais velhos da Europa. Comenta-se que eles habitam os subterrâneos das antigas cidades romanas, tais como Paris, Constantinopla e Veneza. Aparentemente, Roma é sua fortaleza principal. Os membros do Inconnu são enfrentados por Cainitas mais jovens, que adotaram um sistema feudal, mais apropriado ao seu tempo. Nem todos os clãs estão associados a esse grupo; por exemplo, os Toreador, Tzimisce e Brujah jamais fizeram parte dos Inconnu, e poucos nesses clãs falam bem do grupo. A memória do que os Inconnu fizeram a Cartago e Dácia permanece viva.

Os Tnconnu tendem a se preocupar com os costumes antigos, e muitos deles acreditam firmemente que os humanos deveriam ser tão bem tratados quanto possível. No entanto, eles têm sua cota de conflitos internos, assim como todos os grupos de Cainitas. Entre os membros dos Inconnu, há pouco consenso, a não ser pelo desejo comum de exterminar os mais jovens do que eles.

Os Furiosos

Os membros dessa seita têm a reputação de serem os foras-da-lei entre os Cainitas. Condenados pela maioria dos príncipes como ladrões e encrenqueiros, eles ocupam os limites da sociedade vampírica, escavando sua existência da miséria, como seus semelhantes mortais.

Os Furiosos são considerados caóticos, desorganizados e ignorantes até mesmo quanto às regras básicas que governam todos os Cainitas. Esse tipo de conversa vem geralmente daqueles que desconhecem o funcionamento interno da seita. Muitos dentre os Furiosos estão bastante familiarizados com as Seis Tradições, mas decidiram se aliar aos que caminham no limiar das sombras. Eles são frequentemente as segundas ou terceiras crias, incapazes de competir com os primogênitos pela atenção de seus senhores, e por isso decidem trilhar seu próprio caminho. Entre os Furiosos, os vampiros se destacam por seus próprios méritos, e não pelos do seu senhor, e não precisam se preocupar com seus irmãos mais velhos pondo-os de lado.

Os Furiosos podem ser encontrados entre os construtores de catedrais e burgueses das cidades, assim como entre os mercadores de caravanas. A maioria dos círculos estabelecidos em cidades são considerados de antemão como sendo Furiosos, a não ser que ltm ou mais deles tenham algum acesso ao príncipe local. De fato, os Furiosos tendem a Abraçar aqueles que atuam à margem da estrutura rígida da Igreja e da sociedade feudal: ladrões, mercadores, artesãos, artistas e trabalhadores. Apesar de poucos o admitirem, existem alguns círculos de Furiosos que pagam tributo aos príncipes locais em troca de autonomia.

Apesar de desprezarem a hierarquia entre príncipes e vassalos, os Furiosos possuem alguma estrutura em sua sociedade. Eles se organizaram nos moldes de uma guilda, e qualquer um que passe pelos ritos de iniciação são bem-vindos, não importa o clã de origem. A maioria das cidades cm evidência são, para todos os propósitos, os seus Domínios. Os Toreador e Brujah entre eles sempre consideram os mercadores, s{1bios e artesãos como a promessa de um futuro brilhante, uma era onde a erudição e o conhecimento vão novamente reinar supremos.

Com certeza, os Furiosos possuem um enorme talento para o roubo - os Ravnos entre eles ensinaram-lhes alguns de seus piores hábitos. Muitos deles gastam seu tempo praticando prestidigitação e furtividade enquanto recolhem "tributos" de seus mercadores vassalos.

Os Furiosos geralmente mantêm encontros em lugares fortemente protegidos, onde discutem assuntos do interesse de todos (ataques de lupinos, manobras políticas de príncipes estrangeiros.) A violência acontecida nesses lugares é geralmente considerada uma distração. As cidades que eles governam tendem a possuir mais artesãos e mercadores que a maioria, e eles aceitam rapidamente as novas ideias, ao invés de desprezá-las como trabalho de Satanás. Seu governo não é o do medo, mas o da sutileza, e eles se orgulham de sua habilidade para fazer com que as coisas aconteçam "silenciosamente". Eles penetram nas fileiras dos burgueses, mestres de guildas e mercadores, como modo de exercer um controle mais próximo das cidades em crescimento.

A Ordem Das Cinzas Amargas

As lendas comam sobre esses poderosos e misteriosos vampiros, dizendo que eles começaram como um bando de cruzados morrais mandados à Terra Sanca. Durante sua jornada, eles foram abordados por um poderoso vampiro com uma estranha marca em sua testa. Ele os Abraçou e os mandou numa jornada em busca do Cálice de Cristo, o Santo Gral. Seu misterioso em senhor lhes disse que um gole cio verdadeiro cálice purificaria seu sangue da maldição de Caim, e poderia se tomar a salvação para todos os filhos de Caim.

Conca-se que muitos dentro ela Ordem enfrentaram estranhas criaturas da noite e venceram muita oposição - mesmo dentro de suas próprias fileiras - até encontrarem o cálice sagrado, no qual rodos teriam partilhado do vitae de Cristo. Conta-se que todos os que beberam do cálice sofreram uma estranha tranSformação, sobre a qual tomaram-se relutantes em discutir. Agora seus corpos brilham como a lua, e suas espadas atingem infalivelmente aqueles que seguem as criaturas do inferno. Os Baali se tomaram alguns dos seus mais odiados inimigos, uma inimizade que os Baali retribuem com ainda maior ferocidade.

A Ordem é conhecida por seus poderosos cavalos, brindados com a Rapidez tirada do sangue de seus mestres. Cada nova espada forjada é imersa no sangue de seu criador e purificada com incenso antes de ser empunhada. A estranha luminescência dos cavaleiros é frequentemente mascarada por suas armaduras, criando um brilho fantasmagórico por debaixo de seus elmos, e sem dúvida dando origem a histórias sobre estranhos cavaleiros fantasmas.

e sem dúvida dando origem a histórias sobre os dias da Segunda Cruzada, sabe-se que alguns deles permitiram que outros vampiros bebessem de seu sangue puro (que dizem saciar a necessidade de se alimentar de humanos). Aqueles que bebem do sangue da Ordem parecem receber sua luminescência e seus poderes especiais para destruir os Baali e outros infernalistas, pela duração de um ciclo lunar.

A ordem recebeu seu nome a partir de uma das inúmeras lendas sobre como Caim foi amaldiçoado a se "alimentar apenas de cinzas amargas". A Ordem possui uma pequena organização geral, apesar de existirem rumores de que teriam formado uma estranha aliança com os Cavaleiros Templários. A humanidade em geral é alvo de seu desinteresse, apesar de alguns dentro da Ordem sentirem pena dos devotos, pois jamais conhecerão a verdadeira benção do Cálice.

Embora o gral tenha concedido à Ordem os seus poderes miraculosos, o cálice não está mais na posse dos cavaleiros. As circunstâncias cercando esse faro são no mínimo vagas. As especulações sugerem que os cavaleiros o enterraram em algum ponto do Oriente Médio, com um deles permanecendo de guarda, enquanto outros espalhavam que ele havia sido levado, calvez pelo vampiro que Abraçou o grupo.

Os Autarcas

Os Autarcas são vampiros jovens que declararam rebelião aberta contra os Inconnu e os anciões dos clãs. A maioria deles é encontrada entre os neófitos e os descontentes com a sociedade Cainitas. Eles buscam a liberdade, pura e simples, e se rebelam contra a autoridade de seus senhores e o poder dos príncipes. Eles são frequentemente chamados pejorativamente de "moscas pestilentas", pois comenta-se que viajam entre os locais atingidos pela peste, alimentando-se dos mortos e moribundos. Diz-se que muitos deles viajam em grupos numerosos e barulhentos, saqueando e destruindo tudo em seu caminho.

Os Prometeanos

Conta-se que em Cartago, os Cainitas viviam ao lado da humanidade em paz. Na Idade das Trevas, esses dias são apenas uma lembrança distante, e a maioria julga que uma sociedade assim seria uma afronta a Deus e a Caim. Outros argumentam que tal coisa é possível; e de fato, que isso seria uma necessidade para a sobrevivência dos vampiros. Eles temem que os antigos agora se considerem deuses, e vejam os mortais e os Cainitas mais jovens como seus escravos e seu alimento. Eles acreditam que somente vivendo em paz e união com os morrais, os vampiros dessa era poderão sobreviver às manipulações e guerras dos Inconnu.

Esse grupo adotou o seu nome a partir de Prometeu, que enfrentou a ira dos deuses para trazer o fogo para a humanidade. Esses vampiros argumentam que os Inconnu ignoram o potencial da Via Humanitas de permitir o auro-controle, e argumentam ainda que as Tradições foram corrompidas pelos Inconnu. Os Prometeanos falam sobre a maldade de Caim, sobre como se cansaram de seguir as ordens dos Inconnu, e ensinam que sobrepujar os anciões ocultos é o único caminho para a verdadeira segurança. Alguns falam cm fundar uma sociedade baseada em valorizar os morrais como sendo seus quase-semelhantes, como era sonhado em Cartago.

No entanto, os Prometeanos são a minoria agora, suas vozes geralmente se reduzem a sussurros, e seu sonho de uma sociedade pacifica de vampiros e humanos é apenas um sonho. Por enquanto, seus apelos pela humanidade caem em ouvidos moucos, mas há os que preveem que seu dia chegará, se não agora, então no futuro.

A manus nigrum

Há uma seita tão secreta que alguns Cainitas ignoram a sua existência. Seus integrantes se intitulam a manus nigrum.

Desde a sua origem como um culto à morte humano no mundo antigo, a manus nigrum se desenvolveu até descobrir o segredo da vida imortal Jos vampiros. Centenas de anos atrás, a manus nigrum se dividiu por causa de desentendimentos sobre o futuro da seita. Desde então, embora não estejam em guerra, as duas metades têm se mantido incomunicáveis, mas em paz. A vertente oriental, conhecida secretamente como Tal'mahe'Ra, devota suas energias para o estudo do Inferno e do Purgatório, para onde vão as almas dos pecadores após a morte. A vertente ocidental da manus nigrum, no entanto, desenvolveu um agudo interesse pela política medieval. Os poucos anciões que sabem sobre a manus nigrum dizem que eles trabalham para destruir os Baali, apesar de aparentemente alguns membros do clã Tzimisce terem de algum modo ofendido esta seita. Um Comportamento mais passivo, de pura observação, indica o objetivo de longo prazo da manus nigrum.

A manus nigrum acredita que a existência de tantos vampiros na Idade das Trevas é prejudicial, e trabalha para diminuir as fileiras dos mortos-vivos. Com esse propósito, eles começaram a colher informações sobre todos os Cainitas que encontram, na esperança de tornar essa eliminação cão completa quanto possível. A manus nigrum pode ser fundamental para a morte de certos antediluviano.Enquanto isso, qualquer rebelião que permita que eles destruam alguns anciões será usada com presteza, e geralmente eles se unem aos Autarcas com esse proposito.

A manus nigrum vem compilando uma espécie de Livro do Juízo Final, um registro de nomes e localização do refúgio de cada Cainita conhecido. Uma vez terminado, o livro será guardado e apresentado aos Antediluvianos quando os Antigos despertarem, para que possam saber onde procurar por suas crias. Quando um membro da manus nigrum é capturado, ele explica que é apenas uma sombra das trevas vindouras ... e morre sem dizer mais nada.